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Documentário Zezinho Fidel, O Palhaço do Circo Cabeção

Posted at 27 de julho de 2013 | By : | Categories : Ações | 0 Comment

zezinho fidel castroO projeto Cine Mirante exibiu no dia 17 de abril de 2011, na biblioteca municipal, o documentário Zezinho Fidel – O Palhaço do Circo Cabeção. O Filme foi produzido em Resende Costa durante o Carnaval 2011 por iniciativa do IRIS. O Cine Clube Mirante é financiado pelo projeto Cine Mais Cultura, do governo federal, e pretende democratizar o acesso ao audiovisual no interior do país. A filmagem e a exibição de Zezinho Fidel contemplam um dos objetivos do Cine Mais Cultura: fomentar a produção local e não comercial de conteúdos cinematográficos. O documentário traz registros do bloco Cabeção 2011, intercalados por causos, reminiscências e relatos de José Ramos (o Zezinho do Célio), carnavalesco homenageado pelo Bloco.

Além de figura folclórica do carnaval de Resende Costa e de sósia de Fidel Castro há quase duas décadas, Zezinho é catador de lixo há 5 anos. Percorre a cidade de ponta a ponta com sua “bicicleta carroça” e recolhe papelão, plástico e vidro em estabelecimentos comerciais, casas, ruas e lixões. O material é armazenado em uma garagem ao lado de sua casa e vendido periodicamente para a reciclagem. O serviço é árduo e contribuí inegavelmente para a limpeza da cidade e para a preservação do meio ambiente. Além disso, Zezinho é produtor de húmos de minhoca, o mais eficiente adubo orgânico, excelente para o uso em hortas e para a recuperação do solo degradado. “O húmos é 100% natural, tem baixíssimo custo de produção, não agride em nada o meio ambiente e é um adubo extremamente eficaz”, explicou-nos o nosso Fidel Castro, fumando o charuto cubano que ganhara da amiga Ana Amélia do Jorge.

A figura do palhaço Zezinho representada no filme é capaz de provocar risos e divertimento. Mas José Ramos, o catador de resíduos e produtor de húmos, proporciona também reflexões relevantes de cunho ambiental, social e cultural. A exemplo do comandante cubano, Zezinho demonstra desenvoltura com as palavras e transmite suas mensagens com toda naturalidade durante as entrevistas do filme.

Segundo Mariana Fernandes, documentarista são-tiaguense responsável pela produção do filme, a linguagem cinematográfica pode ser um meio de resgate, preservação e valorização da cultura e do folclore local. Ela conta que o documentário foi filmado em um curto espaço de tempo, durante a concentração do Bloco Cabeção, mas que a desenvoltura de Zezinho contribuiu muito para a elaboração de um material de qualidade. “O zezinho é uma figura única. Por um lado, exemplo de desprendimento, de autenticidade. Por outro, exemplo de comprometimento com a questão ambiental. Espero que os resendecostenses gostem do nosso trabalho. Será ótimo se tivermos a oportunidade de participar de outros projetos do IRIS”, afirmou Mariana.

Emerson Gonzaga, Diretor de Comunicação do IRIS, espera que o filme seja a primeira de muitas produções organizadas pela ONG. Ele conta que, além de documentar o Bloco Cabeção 2011 e contemplar a figura folclórica de Zezinho, o filme funciona como um projeto experimental.

“O documentário sobre o Zezinho é como o primeiro passo de um projeto mais ambicioso. Nosso movimento pretende utilizar a linguagem do audiovisual para semear a consciência ecológica e valorizar a cultura local. O IRIS já está planejando, por exemplo, a filmagem de um documentário sobre o Rio Santo Antônio, em seus vários aspetos: físico, cultural, folclórico…”, explicou Emerson.

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